segunda-feira, 18 de março de 2013

Chuva.



Estava chovendo forte lá fora. O barulho da chuva invadia meu quarto, meus pensamentos. Eu estava sozinha, só eu e minha saudade. Éramos apenas nós duas e uma carência incurável tentando nos acompanhar. Não sei porque os dias chuvosos são tão difíceis, talvez seja pelo fato de não ter o teu abraço caloroso. Aquele abraço que aquece até as mais frias das calotas polares. Encolhi-me na cama e me escondi dentro das cobertas tentando acalmar o coração. Tentando não ouvir o barulho da chuva. Eu amo o frio, o que é contraditório, afinal que tipo de pessoa quer se esconder daquilo que ama? Eu. Me escondi. Liguei o rádio em volume razoável. Não chegava a ser estridente, mas deixava aquele barulho atormentador em segundo plano. Sinto a saudade todos os dias, é minha amiga íntima, porém nos dias frios ela se torna o meu maior obstáculo. Meu corpo arrepia, meus pés gelam, meus olhos acabam ficando entristecidos. É ruim. É péssimo. Fico torcendo pra que o dia seguinte seja ensolarado, apesar que a saudade ainda estará lá no dia seguinte, e no outro, e no outro, e no outro. Às vezes me perguntou porque a vida jogou tão sujo comigo. O que fiz de errado? Com tantos pseudos-casais por aí porque o amor na mais pura forma tem que enfrentar tantos obstáculos? Isso me incomoda mais pode ficar tranquila querida vida, eu aguento. Busquei forças à tarde inteira. Precisava levantar daquela cama ou iria enlouquecer. Sinceramente? Levantar era uma das minhas últimas opções. Queria mesmo era dormir. Apagar. Sei lá. Acordar dias depois em um mundo totalmente novo, menos nocivo. Mais não adiantou, pois a chuva não parou, você não veio e a saudade não passou.

-Tumblr, via Descentrar.

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